quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Samsung 10k


Espaço Saber Mulher




Eu não ia correr a Samsung. Já havia definido quais as últimas provas do ano e estava decidida a não gastar mais dinheiro com inscrição esse ano.
Mas, como "cavalo dado não se olha os dentes", lá fui eu antecipar o treino de segunda na prova de domingo, já que ganhei a inscrição do Espaço Saber Mulher - patrocinado pelo Laboratório Libbs. Um espaço dedicado às mulheres que correriam a prova com direito à banheiro, guarda-volumes privativo, separado das outras 11 mil pessoas que correriam a prova, massagem e uma camiseta exclusiva para o pós prova.
Passamos no espaço para retirar o kit, deixar as coisas no guarda-volumes e partimos, Flavia (@flaviakcabral) e eu para os 10k num dia quente e bastante úmido, com sol forte na "cuca".
Como o treino de ambas dizia "leve", fizemos no que hoje no twitter chamamos de "blablablarun", à passeio mesmo.
Sentimos bastante o calor durante a prova, mas seguimos fortes em nosso objetivo de sempre, concluir!
No fim da corrida, voltamos ao Espaço Saber Mulher para pegar nossas coisas no guarda-volumes e fazer uma massagem.
Depois de descansadas e relaxadas, fomos agradecer o kit e elas nos pediram um depoimento.
Quero mais desses "momentos mulherzinha"!!!! Adorei!!!! Nada de maquiagem e test drive, o que importa mesmo é meu bem estar. Eu lá me maquio quando corro?
Ahh, terminamos a prova com 1h08m, 3 minutos melhor do que no ano passado.
Nem tão melhor em tempo, mas absurdamente melhor em desempenho (sem brigar com a subida ou com meu corpo) e em disposição pós prova. Terminar a prova inteira, não tem preço!!!! E ganhar massagem depois então... delícia!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O começo do começo

Fevereiro de 2006, fomos mochilar no Chile.
Fiz um roteiro super apertado e cronometrado, com direito à dormir 2 noites no trem para economizar hotel e tempo.
Chegamos em Santiago, fizemos uma visita à Concha y Toro de um período e pegamos o trem para Pucón.
Antes mesmo de ir para a pousada passamos na empresa de turismo para fazer nossas reservas para o rafting (level 4!!! :-o) e para a escalada no vulcão Vilarica no dia seguinte (o rapaz nos disse que até vovôs subiam...).
Fomos fazer o rafting e pá! Logo na primeira descida me desequilibrei e bati a cabeça contra o capacete que estava na minha frente. Resultado? Quebrei o nariz. Mas como até então eu não sabia de nada, continuei o rafting com uma temperatura agradabilíssima de gelada de 15º com roupa de neopreme para não congelar e nada senti até terminamos a descida e colocar a roupa quentinha.
Daí prá frente foi tudo uma bagunça.
Eu dizia que se não tinha sangrado, não tinha quebrado e ponto. Naquele fim de mundo eu não iria à hospital algum!!!!
Sentamos num bar após fazer as compras para a escalada ao vulcão para comer e tomar uns piscos (bebida local).
[Nessa época, mal sabia eu que, para praticar atividade física no dia seguinte, o ideal é não ingerir nada alcoólico na véspera....]
Fomos dormir por volta da meia noite, com o despertador apontando para às 5:30.
Ao acordar, a primeira coisa que fiz, claro, foi olhar meu rosto no espelho.
PQP, meu nariz estava uma bola!!!!! No bar passei horas fazendo gelo e ele não inchou, mas foi só deitar e parar o gelo para que ele tomasse conta do meu rosto.
Não deixei aquilo me abalar, continuei toda concentrada no projeto escalada ao vulcão.
Fomos até a empresa de turismo, nos paramentamos, bota prá lá, quebra gelo prá cá, mochila, água, sanduíche, chocolate, tudo pronto.
Partimos para a base do vulcão.
Eu estava eufórica, apesar de muito preocupada com meu nariz, por ver lava. Sonho de criança.
Sim, o vulcão Vilarica é um vulcão em atividade, com neve lá em cima e dá prá ver lava nessa época do ano.
Chegamos de ônibus na base e, por causa dos ventos fortes, não pudemos ir de teleférico até a base 1, tivemos que fazer andando.
Aquilo devia ser um sinal.
Eu subia cerca de 10m e achava que ia vomitar meu pulmão. Parava, respirava e voltava a subir.
Fomos ficando entre os últimos da fila.
Avistava a base 2, primeira parada com neve. Eu queria chegar alí ao menos. Mas a base 2 estava longe, não havíamos chegado ainda na base 1 e eu já me sentia "só o pó".
A base 2 parecia que ficava mais longe a cada passo que eu dava.
Quando chegamos na base 1, onde seria o ponto final do teleférico achei que desistiria, mas segui mais um pouco!
Cada vez ficava mais difícil, já não estava dando mais para mim.
Assumi a derrota e disse: eu vou parar!
Sentamos e bebemos água, enfim. Tiramos muitas fotos da maravilhosa vista que tínhamos dalí, inclusive da base 2, onde muitos do grupo já estavam fazendo a primeira parada para colocar os grampos na bota por causa da neve.
Desistir era para poucos até então - logo outros pararam também, mas eu fui feliz na minha decisão, não conseguiria chegar ao topo naquelas condições.
Minha vida de sedentarismo terminaria naquele instante, pelo menos na minha lista de desejos.
Me prometi que, ao voltar ao Brasil, começaria a fazer atividade física, mais precisamente, iria correr. E que, quando tivesse condições, voltaria lá para vencer o lindo Vulcão Vilarica.
Em agosto de 2006 me matriculei numa academia que tinha grupo de corrida de rua. Treinávamos na rua mesmo, era muito bacana. Com eles fiz minha primeira prova, uma de 6km na USP e a segunda prova, minha primeira Nike Corre, de 10km.
E foi assim que tudo começou no mundo das corridas...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma decisão inusitada

Muitos vão estranhar o que eu vou dizer aqui, mas devo dizer que até eu estranhei.
A verdade é que existiam pessoas no mundo que o sabiam, e eu não era uma delas!!!
O suspense é proposital. Ihh, me esqueci que sou bastante previsível....
Então vamos aos fatos!!!
Acordei outro dia (mais precisamente há 10 dias) e pensei, do nada: "quero fazer uma maratona antes de ter filho!"
Meu Deus, socorro! Quem colocou essas palavras na minha boca?!
Pensei nelas por um instante e, para minha surpresa, repeti: "é isso, eu quero sim fazer uma maratona e tem que ser logo!!!"
Uma ansiedade sem tamanho tomou conta do meu corpo. Queria gritar para todo mundo ouvir, mas achei melhor pensar direito antes de espalhar a notícia bombástica.
Afinal, ainda estava um pouco assustada com a idéia.
E nada melhor do que um dia após o outro com uma noite no meio, não é mesmo?
Justo eu que sempre afirmei com todas as letras que não faria uma maratona nunca na vida, que não via sentido em se correr tanto...
Fui para casa e mandei uma mensagem via twitter para a Fê Paradizo (@fparadizo), grande conhecedora de corridas mundo afora, e disse: "quero fazer uma maratona, não pode ser fora do Brasil, tem que ser no 2º semestre. Onde? Tem algum lugar onde eu possa ver todas? Rio é muito punk?"
As respostas da Fê vieram tão rápidas quanto a minha idéia de fazer a maratona. Após o incentivo, ela disse algo como: no Rio você corre o risco de pegar calor, faça Buenos Aires que ganhou a melhor maratona da América do Sul em 2009, é em outubro, é plana e o clima é ameno.
Hummm, pausa para pensar.
Buenos Aires de novo? Hummm
Fui dormir com a cabeça cheia de pensamentos e idéias, mas ainda sem falar nada com ninguém.
Acordei e a idéia continuava lá! A vá, não foi embora ainda, idéia bizarra? Não?! Então tá, vamos fazer uma maratona!
Achei no meu quarto umas revistas "na fila" da leitura. Uma delas ainda lacrada e na capa dizia: "42k, você (mulher) pode!"
Era o sinal que eu precisava... Aliás, adorei a matéria!!!
Meu pai sempre me fazia rir quando o assunto era: "a Renata ainda fará uma maratona". Sempre achei ele um maluco quando dizia isso, agora estou achando que a maluca sou eu...
Quase não me aguentei de ansiedade em esperar segunda-feira para poder conversar com a Lara (treinadora) e ver o que ela me falava.
À princípio ela não gostou muito da idéia. Quando prometi fazer musculação ganhei 1 ponto positivo. E depois, quando disse que será daqui 1 ano, ganhei o 2º ponto positivo. Por último, mas não menos importante, ela me fez jurar que só "pensaria" nisso depois da São Silvestre e depois de, no mínimo, 1 semana de férias.
Justo, muito justo!
Aí então sentaremos para traçar quais provas de 2011 poderei usar como treinos para os 42k (medoooo, rss).
Então, voltando o foco para 2010: vem aí a Track & Field - 3ª etapa (28/11), a Volta da Pampulha (5/12) e a São Silvestre (31/12).
Depois, e somente depoisssss, eu poderei pensar na Maratona de Buenos Aires 2011, que ocorrerá em 9.10.11 (data lindinha, não?! rs)
P.S.: Mãe, depois de terminada a prova você poderá me chamar "maratonista". Mas só depois, tá?
P.S.²: Sim, eu acho que quem completa uma maratona já pode ser chamado "maratonista". Maratonista é aquele que se faz pelo caminho da maratona, pelos treinos longos, pelo esforço na musculação, pelas horas de sono perdidas nos treinos, pelos litros de gatorade e água de côco, pelos géis de carboidratos testados a cada longão. E depois de tudo isso - mas só depois - ao correr a maratona, se ganha o título de "maratonista".
P.S.³: O título desse post bem podia ter sido: "deu a louca na Renata"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meia de Buenos Aires, a estréia!

11.set.2010, Buenos Aires



Retirada do kit



Expo



Fui dormir um pouco nervosa.
Ao deitar, procurei não pensar na prova, nem em mais nada relacionado a ela.
Deixei a mente vaga e veio um número na minha cabeça: 2:21.
Dormi.

12.set.2010, Buenos Aires

Acordei bastante calma e, apesar de ter acordado diversas vezes pensando que tinha perdido a hora, me sentia bem descansada.
Me arrumei e desci para tomar o café da manhã.
Partimos para a largada que era bem longe do hotel e com várias ruas fechadas para o trânsito, o que dificultava o caminho.
O taxista nos deixou o mais perto que ele pode, cerca de 1km da concentração, faltando 1 hora para a largada.
Estava bastante frio e o sol estava nascendo. Muitas nuvens no céu indicavam que o dia não seria ensolarado. Ainda bem.
Fomos caminhando até o ponto de encontro, no guarda-volumes.
O pessoal (@spookerlabs @patgomes1 @supercesinha @blogdojoca @correguto @fparadizo) foi chegando aos poucos e logo estávamos todos reunidos, rindo e se preparando para a prova. Cada um com seus equipamentos, sonhos, receios e objetivos.

pré prova

A ansiedade aumentava, mas permaneci calma o tempo todo antes da largada.
Cerca de 10 minutos para a largada fomos em direção às baias. A minha era a última, então não me preocupei em ir mais para frente.

Largada, foto by @fparadizo

Logo na largada, procurei seguir um ritmo calmo, mas foi difícil segurar. O tempo frio ajudava a manter a velocidade alta, mas eu me sentia ótima e mantive o ritmo, mesmo que acima do previsto.
Pouco a pouco os km passavam e eu nem os percebia, só curtia a prova.
Mantive o planejado: dividir a prova em três partes e correr uma por vez.
Quando terminei o primeiro terço da prova, próximo à flor e à faculdade de Direito, tomei meu 1º gel e pensei que, se tivesse que diminuir o ritmo, seria desta 2ª parte da prova. Mas eu me sentia ótima e segui.
Nesta hora o Guto me alcançou e seguimos juntos.
Passamos o 9km com 58 minutos e o 11km com 1h12m, o que significava fechar a prova por volta de 2h20m. Era o tal número que eu havia visto ao me deitar!!! Tracei a meta ali mesmo, eu faria a prova em 2h21m.
Mantive o passo, afinal precisava fazer a segunda metade igual a primeira.
Completei o segundo terço me sentindo melhor do que no primeiro terço.
Tomei meu segundo gel ao passar o 15km.
Quando vi o 16km falei para o Guto: até aqui eu já conheço, daqui prá frente é tudo novidade.
Pouco mais à frente ele me disse que estava sentindo um pouco o joelho e que iria diminuir o ritmo um pouco.
Eu me sentia "melhor impossível" e me lembrei das instruções da Lara: "só acelere depois do 16km e se estiver se sentindo bem".
Não pensei duas vezes, acelerei.
Segui acelerando.
Chamei a Fê Paradizo e avisei meu tempo. Pedi que, se pudesse, tirasse uma foto da minha chegada.
Eu estava no km 19 e pelas minhas contas, não demoraria mais do que 13 minutos para chegar.
Segui acelerando, só que desta vez mais forte.
Refiz as contas e vi que faria abaixo de 2h21m.
Lembrei que tinha passado na largada com 5m30s, então o "número mágico" deveria ser a soma, eu tinha que fazer por volta de 2h16m para passar no pórtico de chegada com 2h21m.
Passei o 20km e acelerei mais um pouquinho.
Quando vi a chegada, apertei o passo o máximo que deu. Olhei o relógio, faltavam uns 400m e eu tinha quase 2h15m.
Era possível.
Assim que vi o relógio da chegada acelerei e passei com 2h21m, quase virando para 2h22m.
Meu relógio marcava 2h16m16s. Depois vi o tempo oficial da prova que foi de 2h16m17s. rss

Chegada

Assim que cruzei a linha de chegada recebi a medalha, coloquei no peito, vibrei.
Vi a Fê, engoli o choro e fiz pose para a foto da chegada com a medalha na mão, toda orgulhosa do meu feito:

Medalha, foto by @fparadizo



É indescritível a emoção, só sei que não cabe dentro do peito, explode por todos os poros.
Fui para o ponto de encontro encontrar com o pessoal e comemorar cada recorde pessoal.
Todos eram só sorrisos e felicidade.
Pós prova com @silcravo e @LCGRJ

Agora sou uma meia maratonista!!! Com muito orgulho.



Aqui o resumo da corrida pelo meu relógio GPS.

13.set.2010, Buenos Aires

Acordei sem dor alguma no corpo.
Isso não tem preço!
Amo muito tudo isso!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Faltam 10 dias

E começa a contagem regressiva!
Tem essa semana e a próxima, no meio delas um feriado.
Começo a ficar ansiosa, mas sei que vou me entreter o suficiente até lá.
Próximos treinos:
hoje: 6km forte/moderado
quinta: 12km forte/moderado
sábado: 10km moderado
segunda: 10km moderado
quinta: 8km leve
sexta: viagem
domingo: corrida
São exatos 46km que me separam da meia maratona.
São 10 dias para o embarque, 12 dias para a corrida.
Ainda faltam alguns detalhes, como escolher qual gel tomar/levar, a roupa, saber a previsão mais exata do clima e cuidar da alimentação até lá.
Mas que venham os 21km, estou pronta!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Texto de 2007 sobre "correr"

Encontrei esse texto que escrevi em resposta a um email que minha treinadora me mandou no fim do ano de 2007, questionando "por que você corre?":
"O que me faz correr é o sentimento de liberdade, de poder, de perseverança, de confiança, de desafio. É poder não pensar em nada sem parar de pensar. É poder ver a vida passar mais rápido ao meu redor sem acelerar. É dominar meu corpo, sem ser dominada. É sentir dor nas pernas e saber que foi por prazer e não por obrigação."
E tudo continua igualzinho!
Como eu sempre digo: gosto MUITO mais de mim depois que eu corro.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Preguiça x Corrida

Quando você conta que irá correr tantos quilômetros, que vai participar da prova X, que correu hoje cedo Y km, as pessoas que não correm acham você o máximo por conseguir levantar cedo num domingo "só para correr", ou num sábado para treinar ou, no meu caso, sair do trabalho cansada, irritada e moída para ir treinar no parque, na academia ou na USP.
De uns tempos para cá até eu me espanto com minha assiduidade aos treinos e à minha planilha. Hoje em dia (e quem diria que um dia eu chegaria a este nível), quando perco treino, fico mal por uns dias, me sentindo super hiper culpada.
Sempre disse que eu precisava de um desafio para manter a planilha em dia, me inscrevia em, no mínimo, uma prova por mês, para conseguir me manter firme e forte nos treinos.
Mas, desde janeiro, quando me comprometi com minha treinadora treinar direitinho para a meia maratona que acontecerá em setembro, não sinto que seja o desafio da meia que me faça ir aos treinos, há algo mais.
Mesmo cansada, esgotada e moída, eu vou ao treino e saio de lá renovada. E mais! Vou feliz e sorridente!
Aos sábados acordo mais cedo do que de costume e vou treinar, muitas vezes tendo dormido muito menos do que durante a semana, o que já não é muito. Mas vou, de novo, feliz e sorridente!
Não é fácil acordar cerca de 1:30h mais cedo do que nos dias normais, em pleno domingo e ir correr uma prova de 10, 15km. Confesso, fácil não é mesmo! Eu me jogo da cama. Mas depois, a sensação é tão boa. Penso nisso enquanto ando vagarosamente até o banheiro me enfiar debaixo d'água para acordar.
Eu nasci preguiçosa. Se pudesse, passava o dia deitada sem me incomodar "um nada".
Quando penso no que eu já "combati" para levantar para treinar, me espanto.
Não há chuva nem sol que me façam desistir nem trocar o dia do treino. Eu vou. Simplesmente me troco e vou.
Acho que se pensar, estraga a determinação e persistência.
E é exatamente isso que acontece... muita determinação e persistência para vencer essa preguiça nata que mora dentro de mim.
Amo uma preguicinha mas, como costumo dizer: gosto muito mais de mim depois que corro!
E hoje, o vício de correr tomou conta dessa pessoinha que vos fala, e toda essa preguiça eu deixo para depois do treino, depois da corrida... me jogo na cama sempre que posso e curto o fazer nada. Mas só depois, viu?!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Faltam 2 meses #meiamaratona

Hoje faltam exatos 2 meses para minha estréia na meia maratona.
Confesso que tem uma ansiedade no ar que me acompanha todo instante.
A quilometragem aumenta aos poucos, daqui 2 semanas farei minha maior distância "ever": 10 milhas (= 16km). Em breve devo fazer 18km, o máximo antes da prova.
Preciso focar mais na alimentação, nas noites bem dormidas e no "não" consumo de álcool antes dos treinos longos, para ganhar mais segurança na distância.
Não sinto medo, mas ainda uma insegurança.
Mas, com o passar do tempo, construo um tijolinho por vez.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

#fatos

Algumas conclusões baseadas, ou não, na minha própria experiência:
1. Dizem que, para o corpo sentir a diferença de altitude, precisa-se de mais de 1.000 metros de diferença. Pois eu sinto qualquer diferença! Quando saio de SP (aproximadamente 750m) e vou para Serra Negra (aproximadamente 1.000m), corro mais lenta e sinto o cansaço. Quando corro na beira do mar, corro mais rápida. E não é pouco não, melhoro uns 10/15 segundos por km!!!
2. O Pilates auxilia na manutenção do equilíbrio muscular e corporal. Trabalha-se ambos os lados com a mesma força e consegue-se trabalhar os dois lados do corpo simultaneamente, aumentando a percepção corporal. Eu recomendo super.
3. Eu não preciso de música para correr, mas ela me distrai e isso é bom para quando o corpo quer parar, as pernas podem continuar e a planilha manda.
4. Quando corro prestando atenção na minha passada, não sinto dores após o treino. E prestar atenção também é treino!!!

sábado, 26 de junho de 2010

Próximas provas

Já havia falado aqui sobre as proóximas provas e metas de 2010, mas fui dar uma espiada no post e notei que está um tanto quando defasado, então vamos às atualizações:
27.jun: Track & Field Run Series - 2a etapa - 10km - São Paulo
25.jul: 10 milhas Mizuno - 16km - São Paulo
12.set: Meia Maratona de Buenos Aires - 21km - Buenos Aires
28.nov: Track & Field Run Series - 3a etapa - 10km - São Paulo
5.dez: Volta Internacional da Pampulha - 18km - Belo Horizonte
31.dez: São Silvestre - 15km - São Paulo

domingo, 20 de junho de 2010

Corrida Festas da Cidade - O Porto, Portugal

Finalmente chegou o dia da minha primeira prova internacional. Durante toda a preparação, contei com a ajuda de um twitter run local, o MarkVelhote (@mvelhot), único representante do grupo no continente europeu. Ele me passou informações sobre a inscrição da prova, clima e ainda deu uma dica de hotel numa região bacana e com ótimo custoxbenefício. Antes mesmo de eu sair do Brasil, marquei com ele no hotel às 9, com a largada às 10:30. Como um bom europeu, Mark estava lá pontualmente às 9 para nos pegar. Assim que entramos no carro, ele nos explicou que havia marcado cedo, pois queria nos levar para conhecer a cidade, já que não havia podido estar conosco na véspera.

Fizemos um city tour de 1 hora, com direito à passagem para Vila Nova de Gaia onde tiramos uma foto muito vista nos famosos cartões postais de Porto.
Durante todo o trajeto, conversamos muito sobre corridas, costumes locais, twitter, como havíamos entrado para o twittersrun e Ibirapuera, que o Mark diz morar no coração dele de tanto ler a respeito. Uma delícia de passeio. Paramos o carro um tanto longe da largada e fomos andando até ela. Mark quis ir trotando, mas eu achei que seria muito para mim e optei por ir andando e chegar uns 5 minutos atrasada para a largada, o que me fez largar com os caminhantes.

Os 15 km são feitos na beira do Rio Douro, que desemboca no mar pouco mais a frente do local onde estava montada a tenda da corrida. A vista é simplesmente divina. Os primeiros 3 km são em direção ao mar, faz-se o retorno em direção à tenda/largada/chegada, onde termina o trecho dos caminhantes. Os corredores rumam em direção à Vila Nova de Gaia e aos 10km retornam em direção à chegada. A organização da prova estava espetacular.

Desde a retirada de kit (lá chamada de levantamento de dorsal - o número de peito), até a entrega das medalhas. Na retirada do kit na tenda da corrida, recebi o número de peito (que já vem com o chip no verso), uma mochila bacana e 2 camisetas: uma dry fit e uma de algodão. Os descontos nas lojas eram bem tentadores. Durante a prova, a hidratação era feita por escoteiros, o que deve baratear muito o custo da corrida. Após a chegada, eles desmagnetizam o chip (número de peito), entregam a medalha e mais uma mochila (esta como as nossas, tipo sacolinha de alças) com outra camiseta de algodão dentro, um powerade (delicioso e leve, nunca havia tomado) e uma água. Outra coisa que me impressionou bastante foi que todo mundo está alí para correr. Não se vê ninguém andando, a não ser os integrantes da caminhada. E muito destes também corriam. Minha prova foi excepcional. Eu terminei os 15km em 1h39m, 12 minutos mais rápida do que na São Silvestre. Até os 9km vinha fazendo um ritmo bem mais rápido do que de costume, mas estava me sentindo muito bem. Nessa hora o calor já havia maltratado meu corpo por tempo suficiente e comecei a sentir uma certa moleza. Foi quando decidi tomar meu gel. Logo quando fiz o retorno para os últimos 5km, um vento forte (daqueles contra que chegam a atrapalhar o ritmo) me acompanhou até a chegada, o que ajudou a refrescar, apesar de diminuir um pouco minha velocidade. Quando cheguei aos 12km, me sentia muito bem. Era uma distância que eu já tinha feito em 3 treinos, estava confiante.
Para os 15 só faltavam 3km e estes eu faria com facilidade.

Faltando um pouco menos do que 1,5km, avistei Mark esperando para me acompanhar até a chegada. Ele já havia terminado e voltou para "me buscar".
Expliquei para ele que o sol, calor e o vento contra haviam feito eu reduzir um pouco o ritmo, mas que estava ótima.
Dever cumprido, satisfação garantida, ótima prova. Uma palavra: ORGULHOSA.

Aqui Relato do Mark sobre a prova e nosso encontro.

Aqui Percurso no google maps, by garmin.
P.S.: Quando me aproximada da chegada, já sozinha e cansada, ouço a música que tocava no pórtico e, se há uma foto do momento exato da minha chegada, com certeza estava sorrindo. Tocada "Viva la vida", Cold Play.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resultados de Ilhabela, desafio 100k.

Aqui a prova.
E agora, o resultado oficial da prova:
Equipe Twittersrun (FEM)
Número 104
Tempo total: 3:20:09 *
Colocação geral: 78º
Colocação por sexo: 16º
Colocação por categoria: 10º **
* Tempos parciais:
Trecho 1: 37m:24s (Renata)
Trecho 2: 30m:58s (Flávia)
Trecho 3: 27m:08s (Renata)
Trecho 4: 45m:35s (Flávia)
Trecho 5: 27m:45s (Renata)
Trecho 6: 31m:19s (Flávia)
** Só eram duas categorias: até 39 anos e 40 anos+.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ilhabela, belíssima

Recebi o email da Corpore informando sobre a corrida de Ilhabela, revezamento.

Perguntei à Flávia (@flaviakcabral) se ela toparia fazer comigo a prova, totalizando 27,2km.

A resposta dela foi: "é meu sonho fazer essa prova!!!!"

E assim começou a "saga" de Ilhabela.

Definimos quem seria a corredora nº1 (eu - 12,1km) e quem seria a nº2 (Flávia - 15,1km).

Fizemos um treino intervalado para testar e conhecer como nosso corpo reagiria à cada parada entre os 3 trechos que cada uma faria.

Difícil tarefa essa de voltar à correr depois de 20/30/40 minutos parada e sentada no carro.

Treinei forte e não faltei a nenhum treino.

Comecei a fazer pilates e consegui 90% de presença nos treinos de força lá no Ibira (os feitos nos meus dias de treino, 2 vezes por semana).

Fiz musculação caseira.

Levei à sério cada treino e cada planilha (rumo à meia maratona).

Enfim chegou a hora!!!

Antes de sair de casa, deixei no espelho, para mim mesma, o mesmo recadinho que havia deixado na semana que antecedeu a São Silvestre: "Penélope vai morrer".

Chegamos à Ilhabela atrasadas para pegar o kit por conta do trânsito para sair de SP (quase 2 horas) e tivemos que pegá-lo na manhã do dia da corrida - sábado.

Acordamos cedo e fomos direto pegar o kit. Era uma manhã de sol.

Voltamos para o trailer (sim, estávamos hospedados no trailer do tio do Duh Cabral, marido da Flávia) e começamos a nos arrumar para a prova e a separar tudo o que poderíamos precisar durante todo o percurso: tênis extra, blusas, meia, gatorade, papel higiênico, água, máquina fotográfica, relógio, elástico de cabelo, boné, protetor solar, off, maridos, nº de peito, bandeirinha e adesivo de identificação do carro, "coleção" de gel de carboidrato, toalhinhas, afffff.

Comi 1 fatia de pão de forma integral com 1 fatia de queijo e 1 de peito de peru + 1 yakult. Tive medo da digestão, mas procurei não pensar nisso.

Saímos rumo à largada. Um mundo de insegurança, dúvidas e medos aparecia na minha frente.

Começou o mar de ansiedade. Não conhecíamos o percurso, não sabíamos dizer ao certo onde seriam as trocas, não sabíamos se teria subida, descida, mato, água, lama, terra... Tudo era novidade.

Um misto de felicidade e medo tomava conta de mim quando fui para a largada e minha equipe foi para o carro se preparar para me acompanhar por todo o percurso. Era eu x eu.

O responsável pelo megafone logo chamou nossa equipe: "twittersrun 104". Chique.

A largada foi pontualmente às 8:45, como a elite nas corridas: todos alinhados antes do tapete. Uma emoção só.

Tocou a corneta, dei os primeiros passos ainda no tapete, disparei o relógio e lá vamos nós.

Todos corriam num ritmo muito mais rápido que o meu e a ansiedade me fez segui-los por uns 500 metros numa velocidade muito maior do que a que eu poderia suportar, mas era difícil reluzi-la. Após 1k ajustei a minha velocidade para um patamar mais adequado e logo meu carro de apoio estava ali ao meu lado, gritando palavras de incentivo, colocando música alta para animar.

O primeiro trecho era para ser de 4,5km. Quando atingi 3,5k avisei para eles acelerarem em direção ao posto de troca para a Fla ter tempo de se alongar e fiquei "sozinha". O pessoal da 2ª bateria já estava me alcançando e me ultrapassando nessa hora. Me serviram uma água bem gelada, providencial.

Meu relógio marcava 4,5k e nada de eu conseguir ver o posto de troca à frente. Ué...

Quando cheguei ao posto a Flavia já me esperava ansiosa e meu relógio marcava 5,5k. Passamos os chips (cada uma tinha 2 chips, um no pé e outro que tínhamos que passar a cada posto de troca, quem chegada e quem partia, nessa ordem) e segui num trotinho procurando o carro e acompanhando a Fla em seus primeiros metros.

Entrei no carro, abri meu gel, tomei e bebi um pouco de água. Estava pronta para o próximo trecho, que chegaria logo mais.

Algumas palavras de incentivo para a Flavia, fotos e mais fotos, troquei a camiseta por uma sequinha e pronto, já era hora de descer e esperar no posto de troca. Ufa.

O segundo trecho foi bem punk. Cheio de subidas, daquelas que a gente não pode olhar para cima senão dá desânimo. Subi todas bravamente, sem perder o ritmo ou o ânimo. Mas confesso que cheguei ao posto de troca bem cansada e morta de sede, após 3,9km.

Hora da Flavia partir para o "solo" dela. Eram 6,2k na terra, ida e volta, com um morro "maldito" no caminho.

Pelas contas seriam 40 minutos, no mínimo de espera. Aproveitei para beber um gatorade e repor sais, líquido e energia para a próxima e última etapa. Fiz xixi. Descansei. Ouvi música. Toquei de camiseta mais uma vez. O gatorade mal tinha chegado ao estômago, já era hora de partir de novo. E aí foi o erro.

Muito provavelmente já estava "alguma coisa" desidratada e a bebida "caiu torta" no estômago, pesando muito. Larguei para o último trecho e logo comecei a sentir dores na região do diafragma. Não dei bola, diminuí um tequinho o ritmo e segui bravamente subindo todas as descidas do meu trecho anterior e descendo todas as subidas íngremes.

A última subida foi a pior e a que deixou mais lembranças, todas engraçadas.

Estava com dor e muito concentrada para seguir em frente. A subida foi se aproximando e tomando forma. Um rapaz todo de preto andava na minha frente. Foquei e continuei subindo. Ultrapassei o moço de preto.

Eles me acompanharam por mais alguns metros, a Flavia falou algo (provavelmente que já estava perto da chegada) e eles aceleraram.

Olhei para cima e vi uma placa, no fim da subida, lá no topo. Era uma placa com a cruz sinalizando hospital e com a marcação "10km", e pensei: "putz, está muito longe, não consigo correr mais 10 km!!!" rsss

Nem sei porque pensei nisso, acho que já estava delirando com o calor e a dor.

Ao começar a última descida, a dor no diafragma piorou muito pelo esforço da subida e diminuí o ritmo ao máximo, sem andar. O moço de preto me passou e avançou. Talvez tivesse feito uma estratégia melhor que a minha, mas eu não me deixei andar, sob hipótese alguma!

Cheguei, troquei de posto com a Fla e fui para o carro. Visivelmente cansada mas orgulhosa de mim mesma.

Bebi mais água que um camelo. Tinha completado 13,300km de retas, subidas, descidas, suor, calor, força e garra, em 1 hora e 32 minutos. Faltava o último trecho, a chegada, e Flavia o fazia com tranquilidade.

Disse algumas palavras de incentivo pela janela, contabilizando o fim dos kilômetros. Avançamos para esperá-la na chegada e eu poder correr com ela os últimos metros.

Enfim chegamos, 3 horas e 20 minutos depois, pelas minhas contas. Falta ainda o resultado oficial.

Pegamos a medalha, entregamos os chips e tiramos uma foto final, com a medalha merecida no peito.

Desafio cumprido.

Derrotei Ilhabela, venci a mim mesma e ainda contribuí para o #twittersrunday.

Twittersrunday II - Resultado

A contagem do #twittersrundayII acabou: chegamos à 3.456,62 km em 6 países diferentes, 61 cidades, 241 atletas, num total de 329 horas e 46 minutos (fonte: site). Ultrapassamos a marca da 1ª edição com sobra!!!!
Um sucesso total!!!
E eu bati minha marca pessoal da última edição:
- nov/2009: 4km no sábado e 10km no domingo
- mai/2010: 13,3km no sábado e 8 km no domingo
Uhhuuu!!!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

#TwittersRunDay II

Há 6 meses fizemos a primeira edição do #twittersrunday e foi um sucesso total.
Quase 1.900km espalhados por 3 países diferentes.
Hoje estamos "profissionalizando" o evento com o site novinho em folha (parabéns ao @cassiopoliti @correguto e @andzacarias), onde as pessoas inserirão seus quilômetros rodados e a soma se dará automaticamente (diferente da primeira edição, quando o @andzacarias fez a contagem total "na mão").
Eu estarei fazendo a corrida de Ilha Bela com a @FlaviaKCabral e, juntas, correremos 27,2 km (12,1 km eu, 15,1 km ela).
Pretendemos fazer um trote leve no domingo, para soltar o corpo e contabilizar uns km à mais...
E você, pretende correr quanto e onde?

Corrida das Cidades - O Porto, Portugal

Sabe a corrida em Portugal que eu falei no post anterior?
Acabei de fazer a inscrição e já recebi a confirmação.
E sabem qual a melhor parte? Pela bagatela de 7,5 Euros!!!! Uma pechincha.
Agora falta treinar, treinar e treinar.
A corrida será dia 20/06, e serão 15km na cidade de O Porto, Portugal, no dia do 2º jogo do Brasil na copa.
Já decidi, antes mesmo de fazer a inscrição, que correrei com a minha camiseta do brasil azulzinha, do penta.
Uma palavra: RADIANTE.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Corrida no exterior

Já me inscrevi para minha primeira prova no exterior, a Meia de Buenos Aires.
Mas isso foi por que eu queria estrear numa meia maratona 'com classe', e não poderia correr no lindo e maravilhoso percurso do RJ em julho, que era minha primeira opção.
Desde que a viagem para a Europa ficou mais "real" e tangível, comecei a buscar corridas por lá. Pesquisei em diversos sites, mas não achei nada.
Esse fim de semana, após uma dica do meu amigo de twitter @nunesvinicius, achei uma corrida de 15km em Porto.
A princípio Portugal não fazia parte do plano.
Logo incluímos Lisboa. Daí a incluir Porto foi um segundinho....
A idéia de voltar com uma medalha européia no pescoço é mágica, quase um sonho.
Correr por uma cidade que eu desconheço, e conhecê-la correndo me parece bem divertido.
Agora só falta descobrir mais sobre as inscrições, fazer a inscrição, e esperar chegar a largada.
Ahh, antes disso, muita preparação e treinos, claro....

terça-feira, 16 de março de 2010

Carruagens de Fogo

Esse domingo ganhei um filme considerado "obrigatório" nas prateleiras e DVDtecas de todo corredor: Carruagens de Fogo, vencedor do Oscar de Melhor Filme.
O filme se trata de dois atletas britânicos que competem entre si nas olimpíadas de verão de 1924. Um deles é um missionário devoto que corre em nome de Deus, e o outro é um estudante de direito judeu que corre para ser famoso e escapar dos preconceitos.
Numa das cenas, o corredor missionário faz um discurso para fiéis e compara a fé às corridas.
Basicamente, ele diz que, a força interior para terminar uma corrida, quando as pernas já não mais querem ir, é como a fé, vem de dentro.
Quantas vezes não resgatamos a força de dentro, do fundo da alma, para conseguir um objetivo nas corridas? Quantas corridas não conquistamos apenas com a força de nossas mentes, com garra, persistência e uma pitada de teimosia?
Quanta fé você tem dentro de si?
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Outra dica que fica do filme é: não olhe para o lado, faça o seu melhor, independente do que o "do lado" está fazendo. Numa das corridas, o "judeu" perde ao olhar para o lado e ver como estava o "missionário". Era a 1ª competição deles. Dê o seu melhor, seja você.

Novidades, descobertas e próximas corridas

Já que ando muito sem tempo de esquecer aqui ou aqui, seguem algumas novidades, próximas corridas e descobertas:
* No Circuito Vênus tomei um Gu Chocolate sem água e as impressões gerais foram ótimas. Dá para tomar sem água numa boa, o sabor é gostoso (parece um danete) e não é enjoativo. Conclusão: RECOMENDO! E já comprei mais 2, hehehe
Comprei também uma caixa do outro gel que eu mais gostei (até porque, não dá para viver de Gu, pois custa uma "fortuna"), o Carb Up, sabor Laranja. Vamos ver....
* Começarei a fazer musculação caseira. Combinei com a minha treinadora fazer um treino específico para corrida em casa. Já encomendei uma tornozeleira de 4kg, mas com pesinhos removíveis. Você coloca a tornozeleira e só tira ou põe o peso. Bem bacana para não ter que ficar trocando tornozeleira para cá e para lá. E também comprei a "tal" fitball, para outros exercícios. Agora é só esperar a tornozeleira chegar e a treinadora montar o treino.
*Pedi para o meu irmão, também corredor, o cinto de hidratação dele da Nike para testar e ver se gosto. Segundo informações colhidas, ele "odeia" ("balança muito") e vai me dar de presente sem pestanejar... parece bom! rss
* Próximas corridas: (já com inscrição confirmada)
28.mar: Track & Field - 10k
18.abr: Run 4 Water - 6k
8.mai: Fila Night Run - 10k
15.mai: Ilha Bela - Desafio Norte - dupla com a Flavia Kawazoe - 27,2k (ao todo)
12.set: Meia de Buenos Aires - 21,1k
Por hoje é só, pessoal.
Bons treinos!!!!

terça-feira, 9 de março de 2010

A melhor corrida

Domingo, 7.mar.2010. Essa é a data da minha melhor corrida até hoje, o Circuito Vênus.
Essa foi a segunda edição que participei.
Não achei tão bacana quanto da primeira vez, mas estava com sede de percursos diferentes e como segunda vez, está de bom tamanho...
Quando me inscrevi estava super animada, era minha primeira inscrição do ano, e inscrições me fazem treinar, treinar e treinar.
Os treinos já não podem parar por conta do mega desafio da meia maratona no segundo semestre, mas quando tenho provas de rua, me preparo com todas as forças, treino bonitinho, comportadinha.
Eis que .... descubro que vou ter um casamento na véspera.
como assim? Socorro! Justo comigo, que gosto de ir dormir cedo, comer bem e descansar na véspera? ai ai ai... vamos lá no casamento e saimos o mais cedo possível. ok!
eis que .... surge o chá de bebê de uma hiper amiga, na tarde da véspera, churrasco, cerveja e bolo, imperdível. Socorro²!!!
Passei a semana da véspera ansiosa.
No dia, acordei relativamente cedo e fui buscar o kit debaixo de um temporal dos diabos. Acabou que não aproveitei nada do day care, peguei o kit e fui encharcada para casa e já fui correndo para o churrasco.
Vou te contar, churrasco à base de água e guaraná é jogo duro.... ainda mais quando o sol começa a dar as caras e o calor a aparecer....
Saí correndo do churrasco para o salão, afinal, mulher que é mulher vai para o salão antes de um casamento, não é mesmo?! Lá fui eu.
Aproveitei o "momento salão" para descansar o máximo que eu podia para a prova do dia seguinte.
Chego no salão e me colocam uma bela taça de prosseco na frente... justo eu que queria tanto relaxar... tomei! #prontofalei
Fiz uma hidratação no cabelo que me rendeu uma massagem MA-RA-VI-LHO-SA no pescoço e nas costas... tudo perfeito!!!!
Saí do salão um teco antes do combinado e fui para casa.
Banho, maquiagem, vestido longo... casamento.
Fui dormir à 1:20, para acordar às 6:50... isso não era bom... vamos que vamos!!!!
Cheguei no talo no Joquey, e a santa da Carla já havia pego meu chip, ufa!
Coloquei o chip e já fomos para a largada. Mal chegamos lá e já começamos a correr. Ótimo para acordar! rss
A correria foi tanta que nào deu tempo nem de prender o cabelo... prendi no começo da corrida.
Comecei devagar, no meu ritmo, sem pensar em nada nem ninguém.
Meu garmin 405 acabou de voltar da assistência técnica e algumas coisas voltaram configuradas diferente... e ele está marcando km a km.... Fui fazendo cada km abaixo de 7min, o que já tinha sido uma descoberta nos dias de treino: eu tenho conseguido correr abaixo dos 7min/k numa boa.
Quando cansava, diminuia um teco o ritmo, quando estava melhor, acelerava um tico.
Ainda no primeiro km eu decidi tomar um gel (GU chocolate - o melhor até agora de sabor - tomei sem água!), para me dar algum gás quando ele faltasse lá na frente e tivesse tempo de fazer efeito.
A corrida é muito cheia nos primeiros 4k, por conta das corredoras de 5k... desvia daqui, corta dali e fui fazendo meu tempo.
Ao atingir o quinto km eu estava bastante cansada. Minha cabeça pensava em desistir minuto pós minuto e eu lutava bravamente contra esses pensamentos.
Pensei algumas vezes em fazer o percurso de 5k e pronto, mas segui adiante firme e forte.
Quando chegou o ponto da segunda volta eu busquei nào pensar muito no fato e entrei na parte do joquey com areia: uma área sem volta, eu teria que finalizar a prova. Foi bem proposital com a minha cabecinha de vento que queria desistir.
Alí eu precisa muito de um gás... o gel fazia efeito, mas eu me sentia cansada. Foi quando começou a tocar "Viva la Vida" do Coldplay. Caramba, que energia me deu... nem sei explicar.
Nesse ponto, começei a ver que estava melhor do que minhas companheiras de corrida, e fui buscando correr num ritmo equilibrado e economizando minhas forças ao máximo.
Quando cheguei ao 9k olhei o relógio e vi que ele marcava 1:00:00. Nao dei tempo ao tempo, comecei a correr.
Tracei um ritmo para o último k inteiro e fui.
Quando vi a placa de 500m achei que ia tropeçar e cair, minhas pernas já não respondiam, mas ainda assim continuei no mesmo ritmo. Ultrapassei muita gente. E quem me ultrapassava logo caminhava - de novo e isso só me deixava mais forte!!!
Busquei forças dentro da minha alma e passei a linha de chegada cravando 1h06m52s. Quase 4 minutos mais rápido que minha corrida de dezembro, a Adidas verão.
Fiquei tão feliz, que não cabia dentro de mim.
Eu queria gritar mas não tinha energia para isso...
Passei o dia lembrando da minha coragem em fazer meu último k mais rápido do que todos os outros, mesmo cansada como eu estava.
Só para constar, o 8k eu fiz em 6:59... foi meu pior k, eu já estava "nas últimas".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O melhor treino

Na quarta passada, dia 3/2 fui no Ibira para um treino de 8k leves.
Chegando lá, como a volta do lago tem 3k, me convenceram a fazer 3 voltas completas e não ficar tentando medir os 8k, já que meu super mega plus garmin 405 está na assistência técnica (e fiquei sabendo que o "mocinho" que faz o conserto foi embora, ou seja... vai demorar mais do que eu gostaria!).
Pedi ao And que marcasse meu tempo, já que iria correr sem relógio nem nada.
Ele foi comigo até a "pista" e disparou o relógio.
Chuviscava fraco quando "larguei" da marquise.
Fui buscando o de sempre: um ritmo confortável.
Seria muita arrogância minha dizer que 9k "agora" para mim é pouca bobagem, mas arriscaria dizer que, depois de correr a São Silvestre, não tenho mais nem resquício do tal muro dos 10k, e os 9k estão nesse conjunto do sem grande esforço.
Não acho 9k fácil, nem uma distância curta, mas prefiro não ficar pensando nisso, senão nunca vou correr a tão sonhada meia maratona, imagina então chegar na maratona que ainda nem sonho em fazer....
Enfim! Achei um ritmo confortável e assim fui os 3 primeiros km, quando encontrei o And no mesmo lugar onde ele havia me deixado.
Tirei o fone do ouvido e "gritei":
Eu: quanto tempo?
Ele: 20:03 minutos! Dá uns 6:43min/k. Era leve!!!!
Eu: Eu sei, estou leve!
E depois disso, já com a comunicação cortada, me dei conta de que não estava leve para os meus padrões de tempo, estava leve para o meu corpo apenas. E isso era bom! Eu estava me sentindo leve correndo a menos de 7min/k, o que não é "normal" para a minha pessoa, ainda mais sabendo que teria que fazer isso 3 vezes seguidas, sem descanso.
Segui contente, sorridente e feliz para mais uma volta, que não foi tão bacana assim, pois senti umas cãibras no abdome (má digestão de quem não está conseguindo acertar o que comer antes do treino), mas que controlei apenas com diminuir um pouco o ritmo e cuidar da dor na minha cabeça. Logo que passou, voltei ao meu ritmo normal e fechei a volta com: 20:07. Ótimo! Lindo!
A terceira volta foi um tanto quanto cansativa e molhada do que as 2 primeiras mas, apesar do And não estar lá na pista para marcar o tempo exato, sei que fiz um teco melhor que as outras duas, apesar de estar sentindo um pouco o joelho (eu senti que estava compensando alguma pisada errada, mas não consegui arrumar durante a corrida e sofri com a dor por 2 dias inteiros).
E foi isso, 9km em pouco menos de 1 hora (eu chutaria dizer que foi em 59min).
Um treino lindo, gostoso, prazeroso e satisfatório. Muito satisfatório.
Só falta acrescentar uma coisa nessa história do meu melhor treino: durante muitos momentos, me esqueci que estava correndo. Me distraí num tanto, que "desliguei" em certos trechos, "acordando" um pouco mais à frente. Foi uma sensação de sair do corpo por instantes, como se correr fosse a coisa mais natural do mundo, e eu pudesse não pensar nem sentir nada.
Concluo que, se estava tão "desligada", é porque estava mais do que confortável, estava fazendo o que realmente gosto e apaixonada pela minha decisão de não parar de correr tão cedo!