terça-feira, 3 de julho de 2012

A Maratona de SP

Acabei de ler meu relato de quando decidi fazer a Maratona de SP (post anterior a este) e tudo o que eu posso dizer é: aconteceu exatamente como eu previ!!!
Família na chegada, amigos para me puxar nos últimos km, outros me esperando no finalzinho da prova para filmar minha chegada.
Achei que ia chorar, mas não chorei. Era alegria demais e as lágrimas ficaram para outra hora.
Sorri. Muito! Olha só minha cara depois de mais de 42km:


Foto by David Homsi


Esse ano não foi de muitas provas.
Teve a Meia de SP que foi super sofrida. Quebrei perto do 14k e fui me arrastando até o final (21k), forçando um ritmo que não tinha. Mas cheguei.
Depois teve meu recorde nos 10k. Inimagináveis 57:12. Sei lá de onde tirei forças para terminar. Demorei uns 10 minutos só para recuperar o fôlego depois de passar o pórtico de chegada. Mas valeu demais todo o esforço.
Depois disso, vários outros 10k sub 1h em treino. Demorei 6 anos para conseguir esse feito e agora gostei tanto que faço sempre que me dá vontade. Não é natural ainda, forço um pouco para conseguir, mas faço! 
Comecei a treinar na serra. Tive medo das subidas da segunda parte da maratona. Os tão temíveis túneis.
Subi e desci morro como se fosse uma reta plana. Fiz longo, fiz tiro. Corri. E muito!
Com isso meus tempos foram melhorando (vide meus resultados nos 10k), meu fôlego ganhando forças e eu passei a correr muito mais leve.
Chegou o grande dia. Fui tranquila, parecia que ia passear no parque.
Larguei com o Danilo e o Edmilson. O Danilo ficou para trás por volta do 5k, Edmilson por volta do 15k. 
Eu me sentia leve, mas segurei o ritmo para poupar forças.
Segurei até o 20k, quando eu vi que dava para bater meu recorde na meia. Acelerei o que deu (já estava muito perto quando percebi que podia tentar) e passei com 2:16 (recorde era da minha 1ª meia, Buenos Aires, 2:17). Vibrei muito!
Cheguei no 25k onde encontrei a Debs, o Rodrigo e o David. Comemoramos meu recorde na meia e segui com o David para os últimos 17km. Debs e Rodrigo iam nos encontrar no 40k para filmar minha chegada, junto com a Guga, que também estaria por lá.
Quando eu vi a placa do 30k o corpo já estava bem cansado. Nada a ver com o muro dos 30, apenas mostrava um cansaço acima do que eu imaginava.
Lembro de no 36k dar um grito: "só faltam 6!!!!"
Seis. O que são 6km? Vamos! Não pensa.
Primeiro túnel, mantive o pace.
Saí do túnel cansada mas sem pensar muito nisso.
Segundo túnel foi dureza. Subida leve que não acabava nunca. Esperança da Yara e do Guto com a tão sonhada coca-cola na saída. 
Nada.
Saímos na JK com o sol na cuca. Afffff. "Vamos! Não pára e não diminui!" Era tudo o que eu pensava.
Veio o terceiro e último túnel, mais curtinho que o segundo, mas mais íngreme.
David sugeriu diminuir o ritmo e ouviu de mim a resposta que ficou como a frase da maratona: "eu não treinei na serra para morrer na subida". Até acelerei um teco para não perder o ritmo.
Nessa altura eu nem olhava mais o relógio, não queria mais saber em que pace estava, não conseguia mais repor nada de carbo e mal queria beber água. Sabia da extrema necessidade de tudo isso, mas o corpo não conseguia mais absorver. Só queria chegar.
Pensava no pessoal (Guga, Debs e Rodrigo) que estariam no 40k e nos meus pais na chegada.
Confesso que sentia certa confusão nessa hora, pois não conseguia pensar muita coisa a não ser que tinha que continuar correndo e que faltava muito pouco.
Ainda na subida avistei a Guga que já se posicionou para nos acompanhar correndo.
E então ouço David e Guga me dizendo para pegar o guaraná e a bala de goma que o Joaquim, filho do Guto me entregava. 
Não vi Yara, não vi Antônio, não vi o Guto. Só o Joaquim, duas balas de goma (deixei cair bem a vermelha que eu mais gosto, rs) e um guaraná caçulinha geladinho.
Não tive dúvida, comi a bala de goma e tomei todo o guaraná. Ganhei um gás extra.
Pouco mais à frente, Debs e Rodrigo nos aguardavam, já na República do Líbano. E foi quando nos encontramos também com o Joel.
Seguimos todos juntos, Debs e Guga filmando tudo.
David pegou meu celular e foi na frente para filmar nossa chegada e tirar fotos.
Como já sabia que não tinha que economizar nada de energia pois já era a reta final, acelerei o que deu e mantive um ritmo bacana na reta da chegada.
Ouço meu pai me chamar da lateral, bem perto do pórtico. Acenei para ele e Nina que ali estavam para me ver chegar.
Pouco mais na frente vejo minha mãe e o Mario na arquibancada, grito para chamá-los e aceno.
Cadê o pórtico que não chega?
Acelero mais um pouco para acabar logo.
Olho o relógio do pórtico e ele mostra exatamente meu tempo da Maratona de Buenos Aires: 4:51:18. Mas meu tempo líquido era 13 minutos melhor que isso: 4:37:57.


 Foto by Webrun

Mais uma vez quero agradecer a todos os envolvidos por tudo. 
Vocês fizeram TODA a diferença!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

1º semestre de 2012, aqui vou eu!

2012 já está começando a tomar forma.
Com certeza aparecerão provas pelo caminho, mas a querida treinadora já autorizou o que será o maior desafio do 1º semestre: a Maratona de São Paulo.
Sim, essa é minha decisão.
Eu já tinha a idéia de estrear nela, mas optei por uma prova mais tranquila em 2011 (leia aqui: menos quente, menos dura, com menos subidas, mais organizada).
Não ligo à mínima quem é a organizadora da prova, até porque, depois da minha experiência em Buenos Aires, eu só preciso que a prova me forneça água. Não tomo gatorade e prefiro escolher os suplementos que utilizarei durante a prova. 
E água eu sei que terá, até porque, esse ano fiz os 25k na mesma prova e a água estava "até" geladinha.
O maior motivo para escolher essa prova é ter pessoas conhecidas na chegada sem a necessidade de nenhum plano mirabolante de traslado.
Buenos Aires foi um momento meu, não liguei tanto prá isso. Foi maravilhoso falar com pessoas queridas assim que cheguei. Gente que torceu por mim, vibrou com cada km percorrido, fosse antes ou durante a prova. Gente que nem torceu tanto assim mas que estava aliviada de saber que eu havia chegado bem. Foi especial chegar sorrindo, sem dores, feliz e com a sensação de dever cumprido.
Mas agora é diferente e poder ser recepcionada por amigos, pessoas queridas e família após os 42km, com certeza não deve ter preço.
Gente conhecida que vai estar em pontos estratégicos da prova. Gente que vai acompanhar trechos de bike. Gente que vai acompanhar os últimos km correndo ao meu lado. Gente que vai estar lá só prá apoiar os malucos na chegada.
E eu quero tudo isso! :)
A prova é dura, eu sei. A prova é quente, larga tarde. Eu sei também. A prova tem subidas. Ok, estou ciente.
Não quero baixar tempo, não quero bater recordes mundiais, nem internacionais, nem pessoais. Quero, mais uma vez, completar a prova.
É por essas e outras que os treinos já começam agora em dezembro. Nada de moleza, já tive 1 mês de férias das corridas. Foi bom enquanto durou, mas já estava sentindo falta de um objetivo.
Começo 2012 com uma meia maratona no começo de março, depois 30k em maio e a maratona em junho.
Só não contei ainda prá treinadora que em julho farei a meia do RJ, mas até lá eu convenço ela... rs
Provas acima de 10k serão bem vindas.
E que venham os longos! Ebaaa!!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

2012

Nem bem acabou 2011 e eu já estou pensando em 2012... mas foi assim também em 2010, em 2009...
O mundo das corridas é assim mesmo, você tem que saber se planejar.
Eu gosto de planejar as coisas com antecedência, pesquisar, me informar, amadurecer as idéias, organizar tudo com calma.
Nem sempre é possível fazer assim, mas eu gosto.
A questão é que estou me planejando sem saber o que esperar do futuro, mas a vida não pára e meus sonhos e desejos também não, então mãos à obra! Ou calendário em mãos...
Tracei 4 provas para o primeiro semestre de 2012. O plano é arrojado e vai depender (muito) do aval da treinadora.
Estou esperando ela me passar a data do nosso encontro.
Não tão ansiosa como poderia estar.
Acho que estou mais amadurecida.
O que vier em 2012 vai ser bom, não tem como ser ruim.
Afinal, eu gosto muito mais de mim depois que eu corro.
Seja como for, seja onde¹ for.

¹Na orla da praia é bom demais!!!! :)

domingo, 16 de outubro de 2011

Maratona de Buenos Aires 2011

A gestação acabou e meu filho nasceu.
Bem, não foi exatamente isso, mas poderia ter sido.
Foram 38 semanas de treinamento intensivo, focada, determinada, cansada.
Valeu a pena cada treino, cada segundo, cada km rodado. Faria (e acho que farei mesmo) tudo de novo!
No total foram pouco mais de 1.200km rodados - este ano - para chegar até a Maratona de Buenos Aires, que aconteceu exatamente assim....
"Fiquei muito mais nervosa na meia maratona do que na maratona. Não tem nem comparação. Não sei se era confiança demais, ou experiência, ou certeza de que eu podia.
Fui jantar no La Parolaccia do Puerto Madero, bem perto do meu hotel.
E sim, eu tomei uma taça de vinho. Só uma, que eu saboreei sem culpa alguma durante todo o meu jantar.
Antes das 22:30 já estava dormindo, para acordar às 4:45.
Dormi como uma pedra e acordei super tranquila. Me arrumei, desci e comi uma torrada com geléia e um copo de suco de laranja. Nada a ver com o que eu estou acostumada a comer, mas era o que eu tinha no hotel às 5:30 da manhã.
Quando saí do hotel, às 6 da manhã, chovia. Uma chuva fraca, que na Espanha eles chamam de "molha bobo".
Não posso dizer que me preocupei, mas fiquei um pouco tensa e um "monte" confiante de que pararia até a hora da largada.
Durante o caminho (é longe!) a chuva foi parando e o dia clareando.
Tudo parecia perfeito...
Logo que cheguei na praça da largada já encontrei o Andre e a Jussara Tuma.
Enquanto ia me preparando para a largada que aconteceria em breve, a indecisão tomou conta da minha pessoa.
Óculos?
iPhone para fotos?
Advil antes?
Gel antes?
Gel no 5k?
Por fim deixei os óculos e o iPhone, peguei o advil e o gel.
Alongamos com a assessoria deles, deixamos minha mochila no guarda-volumes e fomos, Andre e eu, para nosso curral de largada.
Pouco antes da largada decidi tomar o gel, pois a fome ameaçava bater.
Começamos a prova juntos e uns 400m após a largada a Jussara se juntou à nós. Fotografando e filmando tudo!
Corri com eles por uns 2 ou 3km mas achei melhor fazer o meu ritmo e a minha prova, então deixei eles acelerarem e diminuí um pouco.
No 5k peguei a água, tomei o advil e passei a comer as balinhas de carbo.
Alternei entre o Gu Chomps e o Sparkies, com medo de enjoar de algum deles.
No 7,5k tomei o gatorade mas logo me arrependi e não tomei mais em nenhum ponto.
Peguei água em todos os postos e procurei tomar o máximo de água possível.
Senti o joelho direito do 5k ao 10k, mas não sei em que ponto foi que ele parou de doer e me esqueci dele.
Passei a meia maratona alguns minutos mais lenta do que meus últimos tempos, mas não estava me importando com isso.
Deste ponto em diante você começa a reconhecer quem realmente treinou para uma maratona e quem está lá apenas tentando.
Teve um trecho de uns 7km que foi o mais difícil da maratona. Retão longo, vento contra... punk!
Mantive o tempo todo um ritmo bem uniforme apenas olhando o relógio para comer as balinhas no tempo certo e não deixar o corpo sentir falta de carbo em momento algum e não fadigar.
Fiz isso até bater 4h15, depois disso passei por um momento de revolta. Não queria segurar nada na mão, nem me preocupar com bala, relógio, tempo, nada. Só queria correr e terminar a prova bem.
Bem eu estava, só faltava terminar.
Por volta do 38k/39k, não sei ao certo, foi quando senti o "peso" da maratona no corpo. Doía tudo e não doía nada. Parecia que o corpo estava amortecido. Faltava muito pouco e a adrenalina tomava conta de mim.
Meu Garmin marcou todos os km um tanto antes e nesse ponto já dava uns 300/400m de diferença a cada km completado.
E, apesar de estar seguindo pelo relógio a km o tempo todo, não ver a placa do 41k gerou uma certa ansiedade.
Em praticamente todas as provas que faço, acelero um pouco no final. Mais para provar para mim mesma que "dava", que tinha mais um pouquinho de "gás". Mas esse não é o tipo de prova que se possa dar esse "pique" nos últimos metros, definitivamente, não tinha perna para isso.
Os últimos metros foram feitos pensando em todos os que me falaram que estariam "ao meu lado" na chegada. 
Tanta gente que eu gostaria que estivesse alí comigo para um abraço, para comemorar, para eles dizerem, mais uma vez, o quanto acreditaram em mim e sabiam que eu conseguiria. 
Eu não sei se sabia, mas acreditei em mim mesma e encarei de frente.
Passei o pórtico com 4h51m, entreguei o chip e eles colocaram a medalha no meu pescoço (o que eu achei o máximo).
O pessoal da organização olhava no meu olho e dava os parabéns.
Eu senti, cada um desses "parabéns". Significaram muito para mim.
Difícil acreditar que era real, que eu tinha realmente corrido os 42,195km de uma maratona. Ou, de acordo com o meu relógio, 42,530km.
Não sou capaz de descrever exatamente o que senti, só sei que é uma sensação maravilhosa, indescritível, de dever cumprido. De ser capaz. De poder. 
E a melhor parte, inteira, sem dores, sorrindo."
Resultado final: uma unha roxa que deve cair em breve e uma vontade, a de fazer tudo de novo! :)

domingo, 2 de outubro de 2011

Semana 37 de 38 - Maratona

Quando eu comecei a treinar para a maratona, em 17.jan.2011, faltavam exatamente 38 semanas para o grande evento.
Cheguei a fazer uma comparação com uma gestação, aqui.
Acontece que o momento chegou. Falta menos de 1 semana para o grande dia e cá estou eu, treinada, focada, ansiosa, medrosa (medo nada, só um pequeno receito).
Tenho certeza que estou pronta para esse momento. Não sei se vou conseguir, espero e acho que sim, mas sei que estou preparada.
Eu sinto e a treinadora falou. rs
Foram inúmeros os momentos em que abri mão de alguma coisa para ir treinar, fosse correr ou fazer musculação.
Várias vezes deixei de ir para casa dormir ou descansar, para ir treinar pois "tinha que" cumprir a planilha.
Acordei muitos sábados mais cedo do que de costume para ir correr. Debaixo de sol, chuva, frio. 
Fui caxias, fui dura comigo, levei a sério as planilhas, cumpri 99% dos treinos, abri mão de amigos, família e de estar com pessoas queridas para chegar até aqui.
O medo bate, mas isso é bom, não gosto de ir tão confiante, e assim enfrento o "monstro" com respeito.
Quero, desde já, agradecer a todos os envolvidos desde o momento da decisão de fazer uma maratona.
Agradecer e pedir perdão a todos os que eu deixei de dar atenção por estar em busca desse objetivo.
É muito mais do que correr uma maratona.
É me vencer e provar a mim mesma que eu sou capaz de ir até o fim com um plano, um objetivo.
E que posso fazê-lo com leveza, carisma, meiguice, tranquilidade.
Que por mais duro que seja, temos que olhar lá na frente e saber que no futuro vamos nos orgulhar de todo o caminho percorrido ao olhar para trás, e ter a certeza de que nada foi em vão, que tudo valeu a pena e que podemos muito mais. Sempre.
Levarei cada uma das pessoas queridas que me acompanharam nessa trajetória comigo durante todos os 42km da prova.
Pensarei em cada um de vocês e podem ter certeza que cada passada, cada km vencido, terá a ajuda de todos vocês.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

2011


2011 vai ser um ano novo em muitos sentidos e não podia ser diferente na corrida.

Vou fazer minha 1ª maratona.

Xiii, eu disse 1ª? Será que vou querer fazer a 2ª, a 3ª...? rss

A Pat (@patgomes1) e eu vamos fazer a mesma prova e decidimos abrir um blog só para contar as experiências desse treinamento.

Isso não quer dizer que não vou mais escrever por aqui, vou postar sobre as provas, alguns textos bacanas que ando lendo por aí, de outros sites e blogs e o que mais me der na telha.

Os treinos para a maratona e os desafios estão no outro blog: Futuras Maratonistas.

Espero você por lá.

Últimas 3 provas do ano

Desde a Samsung que não escrevo nada, então vou tentar dar uma breve resumida no fim de 2010.
Depois da Samsung teve a Track de novembro, 3ª etapa, que corri ao lado do amigo Edu, @edu42k, e que teve um resultado surpreendente para quem tinha ido passear na prova, bati recorde pessoal nos 10k e fechamos com 1:01:54.
Tudo obra do Edu mesmo, pois eu estava numa manhã péssima, tinha dormido muito pouco, bebido no dia anterior, ou seja, tudo errado.
Saímos os 4 (Flávia, Danilo, Edu e eu) e eu era a única que não estava pensando em tempo.
Lá pelo 4º km o Danilo tinha desistido de fazer tempo, a Flávia estava cansada e eu falei pro Edu: "eu vou até onde der".
E fomos.
E fiz o melhor que pude, sempre com incentivo dele.
E aí está o resultado...
Depois da Track, veio a Volta da Pampulha. Meu Deus, que calor foi aquele?
Eu nunca tinha visto tanta gente passar mal, de desmaiar, necessitar atendimento médico, massagem cardíaca. Fiquei bastante assustada. E quanto mais eu via gente passar mal, mais água eu bebia. Pelas minhas contas, foram quase 2 litros de água durante os 18km da prova.
Não foi uma prova fácil por conta do calor e o percurso, apesar de plano, não é dos mais fáceis.
Curti a prova, mas não sei se faria novamente.
E por último veio a São Silvestre 2010, com toda a birra deles entregarem a medalha antes da prova.
Eu fui com fé e coragem, e também com uma dor leve na coxa esquerda, resultado do treininho leve que eu tinha feito 2 dias antes.
Comecei a correr e a dor foi embora.
A prova, lotada como sempre, estava muito alegre, juntamos um grupo bacana e corremos juntos do começo ao fim.
Divertida como sempre, fomos para curtir e não fazer tempo (aliás, não sei por que repito tanto isso se EU não gosto de fazer tempo, mas essa é uma cobrança externa forte e acabo esclarecendo para quem lê).
Ao terminar a prova, a sensação de dever cumprido, sem medalha no peito (deixei ela em casa, pendurada no "hall de medalhas"), sem lanche (não tivemos paciência de ir buscar o lanche onde quer que ele fosse), e a quase certeza de que não quero mais correr uma São Silvestre.
Por que?
Simplesmente porque tenho a sensação de carregar o ano que passou nas costas nesta prova, a correria do dia para chegar lá hidratada, alimentada e disposta a correr 15km duros, a correria do pós prova.... tudo isso junto.
É muito bacana correr a São Silvestre e eu recomendo à todo mundo que me pergunta.
Não vou dizer que nunca mais vou correr, mas fica aqui minha manifestação de falta de desejo.
Já corri duas, está bom para o meu CV de corredora.